Não sei se Cassiano Arruda plagia o termo "estádio sem
time" (coluna Roda Vida). Este termo foi usado
simplesmente no São Paulo F.C. quando da época TAMBÉM
da construção do Morumbi. Engraçado que hoje é o único
time brasileiro tricampeão mundial. Distância do
estádio, dificuldade em conseguir dinheiro, oposição
dentro do próprio clube, jejum sem ganhar nada, tudo
muito parecido com o que acontece hoje no Frasqueirão
o São Paulo também enfrentou.
Abaixo transcrevo trecho sobre a construção do
Morumbi:
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Em 1952, Cícero Pompeu de Toledo, aconselhado por Luís
Campos Aranha, procurou Laudo Natel, um hábil diretor
do Bradesco, propondo-lhe que assumisse o São Paulo
administrativamente, gerenciando-o como empresa. Era o
embrião de uma idéia que se concretizaria plenamente
na década de 90: o futebol profissional-empresa que
geraria excelentes resultados; entrava-se na
modernidade. Colocando em ordem as finanças, Laudo
Natel viu-se contagiado com a obsessão do estádio.
Encontrando o terreno ideal – o que já indicava visão
de futuro – no Jardim Leonor, o clube vendeu o Canindé
e comprou 68 mil metros quadrados. Conseguiu-se da
prefeitura e da Construtora Aricanduva mais 90 mil
metros, como doação. Na tarde de 15 de agosto de 1952,
monsenhor Bastos abençoou os terrenos e foi lançada a
Campanha Pró-Construção do Morumbi. Mesmo com todo
dinheiro canalizado para a construção do estádio, o
São Paulo conseguiu manter o nível técnico de sua
equipe, ganhando os campeonatos de 1953, 1955 e o de
1957, quando contou com um admirável jogador, já com
35 anos, mas ainda com total domínio do meio-campo: o
estilista Zizinho. Viria um longo período de jejum que
duraria treze anos, durante os quais a diretoria
viveria, comeria e dormiria com a idéia fixa de erguer
o estádio. E no que era uma região em fase de
loteamento, quase deserta, surgia o Morumbi, criação
de Vilanova Artigas, um dos introdutores do modernismo
na arquitetura brasileira. Para o desenvolvimento do
projeto foram necessárias 370 pranchas de papel
vegetal. Cinco meses foram consumidos nas
terraplanagens e escavações, com o movimento de 340
mil metros cúbicos de terra. Canalizou-se um córrego.
O volume de concreto corresponde ao equivalente à
construção de 83 edifícios de dez andares. Os 280 mil
sacos de cimento usados, se colocados lado a lado,
cobrem a distância de São Paulo ao Rio. Foram
cinqüenta mil toneladas de ferro, o que dá para
circundar a Terra duas vezes e meia. Certa vez, em
entrevista, Laudo Natel contou as dificuldades para a
construção. Além da necessidade constante de dinheiro,
havia que se contornar a oposição dentro do próprio
São Paulo. Uns, condenando a localização. "Quem irá
ver um jogo a tal distância? Nunca lotaremos o
estádio!" Outros, preocupados com a frugalidade das
verbas destinadas à equipe. "Seremos um estádio sem
time." À certa altura, chegou-se a sugerir uma troca.
A prefeitura ficaria com o Morumbi e o São Paulo com o
Pacaembu. Apoiado por Manuel Raymundo Paes de Almeida
e toda a diretoria, Laudo Natel prosseguiu a batalha,
após a morte de Cícero Pompeu de Toledo.
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E hoje? O que é o São Paulo senão o melhor e mais
estruturado clube do Brasil? Vamos torcer ABCdistas.
Por outro lado, existe uma equipe de profissionais
muito grande no SP. Uma dessas peças chama-se Milton
Cruz, um dos 2 auxiliares técnicos do Muricy. Milton é
um verdadeiro caçador de talentos. Miranda, Alex,
Josué, Aloísio, Leandro. Esses dos que estão jogando,
porque ainda tem o Kaká, Júlio Batista, Luis Fabiano,
Maldonado, Gustavo Nery, Mineiro.
Precisamos de alguem que entenda de futebol e vá atras
desses jogadores como o Milton faz, seja no interior,
na segunda divisão, em outros estados.
Ainda, espelhando-se no SP podemos "agregar recursos"
ao sócio-torcedor. Veja o que o sócio-torcedor
"Master" do SP ganha de benificios (são várias
categorias de sócio-torcedor):
1) Recebimento da Revista Oficial do São Paulo Futebol
Clube a cada dois meses.
2) Carteirinha e certificado de Sócio-Torcedor após o
pagamento da 2º mensalidade.
3) Desconto de 50% na compra de ingressos para
arquibancada azul e ou cadeira azul inferior, em jogos
com mando do SPFC no estádio do Morumbi após o
recebimento da carteirinha. Em jogos de finais e
clássicos devido a grande procura não garantiremos o
ingresso.(leia o regulamento)
4) Desconto de 5% nas mensalidades das Escolas
Licenciadas do SPFCenter.
5) Bilheteria exclusiva destinada ao Sócio-Torcedor.
6) Participação em sorteios e promoções exclusivas.
7) Camiseta exclusiva Sócio-Torcedor, após o pagamento
da 6ª mensalidade consecutiva.
8) Dvd institucional.
9) Camisa oficial autografada por todos os jogadores.
10) Visita vip no Morumbi.
Eles podem se dar o luxo dos 50% do preço, pois a
procura é muito grande.
As categorias de base também são imprecindíveis.
Ouvi falar que o ABC ia colocar pontos em Natal e no
interior para buscar esses talentos ainda jovens,
juntamente com o projeto do ginasio. Onde está isso?
Isso é importantíssimo.
Bom, Cassiano Arruda é simplesmente "mais um" contra.
Entretanto ele encontra uma frasqueira inteira a
favor.
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