domingo, 13 de abril de 2008

Maiô "papa-recordes" faz diferença

Acompanhando a Copa do Mundo de piscina curta que ocorreu esse fim de semana, e analisando todos os recordes batidos até agora, o maiô LZR Racer da Speedo faz realmente diferença. Vou levantar os pontos que considero:
  • 39 recordes foram batidos esse ano, e as seletivas americanas são apenas em junho!!! Destes recordes, com o maiô, apareceram atletas que não estavam entre os top 3 ou top 5 do mundo. Alain Bernard é um exemplo.
  • Fazendo uma comparação com os recordes mundiais obtidos em 2004, antes dos Jogos Olímpicos de Atenas, foram 8 recordes no total, sendo que 6 deles na eliminatória olímpica americana, que foi realizada em Long Beach, no mês de Julho de 2004 (às vésperas dos Jogos), isto é, seriam apenas 2 se não contar os americanos.
  • O maiô pode ter características na piscina que nem o fabricante ainda conhece. Sabe aquele coisa de vc desenvolver um bom produto por isso ou aquilo, e quando colocar na prática ele se mostrar muito superior ao que foi projetado? É o caso do maiô.
  • Ele não é para ser considerado um traje, mas um equipamento. Por esse motivo, não deveria ser liberado. O palmar serve como um bom exemplo para isso. Tem nadador que é mais lento que outro, mas usando o palmar ele passa a ser mais rápido. Pq isso acontece? Por causa da fisiologia do nado, da braçada, pq ele se dar melhor com o palmar que outro. Vários são os motivos. O traje da Speedo também precisa ser estudado, treinado, para ser bem aproveitado. Vejam o caso de Cielo em Ohio: não se deu tão bem quanto esperávamos usando o maiô.
  • O maiô tem uma cinta modeladora um pouco mais rígida, na região da cintura, para posicionar melhor o corpo do atleta dentro da água. Esse é um exemplo no qual o maiô deve ser usado apenas como treinamento. O palmar, o pullboy, são equipamentos usados para corrigir e melhorar o nado. O maiô, no meu entender, é outro.
  • Além do teflon, material que repele a água, o maiô também usa tecidos a base de neoprene, que acaba flutuando o atleta em uma porcentagem mínima que seja. Isso ajuda nados que vc fica dentro dágua e não sai, como é o caso do crawl e costas. Nesses nados, vc precisa nadar ao máximo "em cima da água". ´Já que o maiô ajudar nisso, ótimo. Vejam os dados: dos 19 recordes batidos em piscina de 50m, apenas 2 foram no medley, os outros 17 foram de crawl e costas. No peito e borboleta, o corpo tem que sair fora da água. Já nos recordes de piscina de 25m são fáceis de serem explicados: o maiô speedo + o deslize absoluto na piscina curta!

As palavras de um diretor da Diana são perfeitas: "Se continuarmos nesta direção (liberando o maiô da Speedo), a natação não será mais natação, será natação auxiliada, um esporte totalmente diferente".

Acho que é que nem na Formula 1: até ano passado tínhamos o controle de tração nos carros. Na largada, bastava pisar o acelerador que o computador fazia o resto. Esse ano tiraram isso. O piloto é que tem que mostrar que é bom no volante.

Vamos todos voltar à sunguinha? Tá resolvido o problema!

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