O novo "Trampolim da Vitória"

A exemplo do que foi feito na Segunda Grande Guerra, a cidade de Natal volta a ser mais uma vez o "Trampolim", desta vez de resgate. Outrora usado para enviar aviões para a Eurora, como ponto mais próximo do velho continente, Natal agora colabora com recursos humanos e materiais, logística e - claro - junta-se o fato da proximidade com o local do acidente do Air Bus da Air France.
Desta feita é a nossa Marinha. De madrugada saiu o primeiro navio brasileiro em direção ao possível local do desastre aéreo: o Grajaú. O 3º Comando Naval, sediado em Natal, tem dentre seus objetivos as operações navais, aeronavais, de fuzileiros navais e terrestres de caráter naval e apoio às unidades e Forças Navais, Aeronavais em atividades de socorro e salvamento Marítimo. O navio-patrula Grajaú P-40 é navio ideal para esse tipo de situação. O último resgate que lembro do Grajaú foi o de um casal de náufragos franceses a mais de 500km de Natal. Além do Grajaú, a corveta “Caboclo” suspendeu de Maceió e a a Fragata “Constituição”, atracada em Salvador, de regresso da Operação Unitas Gold, recebeu ordem de suspender hoje, às 15:00h, para demandar a cena de ação. O Comando do 3º Distrito Naval, assumiu o controle operativo dos navios e aeronaves da Marinha Brasileira, nas ações no mar, em apoio à FAB, por meio de seu SALVAMAR NORDESTE.
O vice-almirante Edison Lawrence Mariath Dantas é o atual comandante do 3º distrito naval. Vejam pelo mapa abaixo que a responsabilidade do distrito sediado em Natal é a maior do Brasil. É o de maior área de cobertura e também o maior sob comando de um único distrito.

Claro que além da Marinha, os aviões da Aeronáutica que estão fazendo a cobertura desse terrível acidente tem em Natal o local ideal para o "Trampolim" para um possível, porém improvável, resgate de passageiros do vôo AF 447.
Agora, uma perguntinha. Com tanta responsabilidade em cima de uma cidadezinha com ares interioranos, sediar uma Copa do Mundo é tão mais complicado assim?