Imprensa Potiguar Futebol Clube

A imprensa esportiva potiguar tem seu time próprio.
Joga por si, pelo seu regulamento, contra tudo e contra todos, e só pensa em benefício próprio, doa a quem doer.
Há tempos o blog critica a falta de preparo e a subserviência à grupos específicos de Natal, particularmente aqueles que "pagam" para terem sua marca melhor divulgada, sem que seja uma publicidade explícita.
Tenho minhas indiferências pelo clube americano, é verdade, principalmente pela forma sem escrúpulos de como trabalha sua diretoria -a atual e todas as outras que me lembro nos últimos 10 anos - moldando seu torcedor numa soberba igualável a de um campeão mundial interclubes, sem que isso se transforme em um patrimônio real ou histórico para aqueles que torcem pelo time. Entretanto isso nunca influenciou meus comentários, até porque ainda torço para que alguém competente e de bom coração assuma a diretoria de nosso maior rival.
Só que isso é quem nem acreditar em coelhinho da páscoa. Lembro de uma frase de Patrícia Amorim dita na eleição da diretoria do clube dos 13. Patrícia, que foi vereadora por 3 mandatos na política carioca (vejam bem a gravidade da coisa) falou que "nunca vi uma eleição tão podre na sua vida".
Voltando ao assunto da imprensa esportiva potiguar, há um "dois pesos, duas medidas" quando se fala em ABC e américa.
Isso é claro.
Isso é fato.
Isso não se discute.
Pro lado do ABC, tudo está sempre errado.
Nada está certo pelos lados de Ponta Negra. Vitória de 1 a 0 era pra ter sido goleada; empate era pra ter sido vitória; derrota é pra cair técnico e diretoria. Sempre foi assim.
A diretoria está sempre aquém, seja qual for ela. Se for a diretoria que construiu o Frasqueirão em época que o ABC estava "fora de série", ela estava errada. Se for a nova diretoria onde o marketing é aplicado intensamente, também "joga-se pedra na Geni".
No Frasqueirão - único time do estado a ter estádio próprio - ou o som está ruim, ou o placar de led está na altura errada, ou as cabines não tem internet rápida.
Engraçado que o tom quando se coloca um treinador ou outro dirigente que é nascido em algum estado ou cidade por onde também nasceu algum jornalista pseudo-potiguar. Tudo muda de figura.
Isso não é profissionalismo!
Isso é jornalismo conveniente.
O pior de tudo é que essa conveniência, esse tratamento desigual aos clubes da capital também prejudica o américa. A turma da panelinha jornalística esportiva potiguar enaltece tanto o time de vermelho que acaba mascarando o podre que existe. Um time que vêm há mais de 3 anos escapando da terceira divisão na última rodada, que não ganha estadual há mais de 7 anos não pode ser tratado à pão de ló.
Bom, mas isso não é problema meu.
O meu problema, ou melhor, o meu dilema, a minha vergonha é de não ter uma imprensa que incentive, que priveligie o desporto potiguar. E olha que nem quero falar da Copa do Mundo 2014.
Os donos de mídia tem que abrir o olho para esses pseudo-jornalistas. Eles estão atiraram no próprio pé, e o pé é do dono do jornal, e não deles. Ano passado houve demissões, mudanças, fechamento de programas esportivos e tudo mais. Muitos perderam dinheiro e poder de venda, e empregos. Há um contexto social nessa coisa que eu irei abordar mais tarde.
Em suma, jornalismo tendencioso não é bom jornalismo.
Claro que há exceções. Alias, muitas. Tenhos bons amigos na imprensa.
Mas a carapuça - vermelha - cabe direitinho na cabeça de muitos.