quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jornal Estado de SP não quer a Caixa patrocinando clubes do RN

ABC e américa ainda esperam pela definição da Caixa Econômica Federal em relação ao patrocínio para os dois maiores clubes do Rio Grande do Norte. De acordo com o presidente Rubens Guilherme Dantas, do alvinegro, ainda não se sabe quando os clubes potiguares vão poder contar com a verba proveniente desse possível acerto com o banco público. "As perspectivas são boas, mas, como aconteceram muitas trocas de prefeituras do ano passado para 2013, a direção da Caixa Econômica está analisando todos os contratos com essas prefeituras, com o governo federal, para, só depois, analisar os patrocínios", revelou o mandatário alvinegro.

A questão do patrocínio da CEF para ABC e américa veio à tona novamente após publicação do Jornal Estado de São Paulo, apontando o possível negócio como uso de influência do deputado federal Henrique Alves em favor dos clubes potiguares. Segundo o Estadão, o banco deveria investir apenas no que consideram ser clubes de massa como o caso do Corinthians. Dessa forma, de acordo com o jornal paulista, a instituição bancária estaria garantindo o retorno de marketing.

Na opinião do Estadão, o alvinegro e o alvirrubro do Rio Grande do Norte não seriam um bom investimento e estariam "furando a fila" e citam que: "Em 2012, o ABC e o América ficaram em 10º e 12º lugares, respectivamente, entre os clubes nordestinos com maior média de público nas três séries do Campeonato Brasileiro. Lideres de torcida, Santa Cruz (PE), Sampaio Correa (MA), Bahia (BA), Sport (PE), Vitória (BA), Fortaleza (CE), Náutico (PE) e Ceará (CE) representam os quatro estados mais populosos do Nordeste. Enquanto o Ceará, 8º no ranking de público, teve uma média de 10 mil torcedores por jogo, o ABC e o América registraram, em média, 3,9 mil e 2,4 mil pagantes em suas partidas.

O que o Estadão quer é aumentar a distância existente entre os grandes clubes do Sudeste, especialmente São Paulo, e os menores.
A Globo e a CBF, que já fazem esse trabalho de segregação, ganha mais um aliado na luta por afundar o esporte nacionalmente.
O que Globo, CBF, Estadão estão fazendo é indo na contra-mão da política social que começou com o governo Lula, onde o capital e os investimentos passaram a ser melhores distribuídos pelo Brasil, e não concentrados só no Sul/Sudeste. A construção dos portos de Suape, aumento do de Pecém, (e melhoria dos menores portos como o de Natal), a refinaria de petróleo em Pernambuco, as novas montadoras de automóveis no Nordeste e - principalmente - os programas de distribuição de renda são exemplos reais de uso do dinheiro público como investimento fora do eixo Rio-São Paulo.

A Caixa Econômica Federal, se tem que investir em patrocícios de clubes de futebol, tem que fazer isso de forma social e seguindo do programa do governo atual. Rio e São Paulo não precisam da Caixa.

Por falar em Estadão, entrando  na página de esporte hoje e vê-se que o Palmeiras já está garantido na Série A 2014: é o único clube que disputa a Série B 2013, segundo o jornal.

Confiram:


Ou direto no site: http://esportes.estadao.com.br/

De outra forma, também podemos ver usando a ótica "metade vazia do copo", onde o Palmeiras seria o último colocado e rebaixado pra terceirona.

O Estadão é o jornal que detém o canal e a página da ESPN, e não custa lembrar que a "página" do ABC na ESPN está com a foto do bandeirão em uma partida do Frasqueirão (ver clicando aqui)
Eu fotografei aquela imagem, é minha, e o Estadão/ESPN usaram sem minha permissão e sem informar os direitos. A foto está no Flickr:



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