O Diário de Natal fez uma boa matéria sobre a "comissão técnica" do Mais Querido, composta pelos filhos de Ademir Fonseca.
O legal é que a matéria saiu no dia dos pais.
Vou transcrever aqui:
Nelsinho Baptista e Eduardo Baptista; Hélio dos Anjos e Guilherme dos Anjos; Paulo César Carpegiani e Rodrigo Carpegiani. O que esses técnicos e seus filhos têm em comum? O amor pelo futebol que levou a família para dentro do campo e fez das relações de pai e filho uma relação de trabalho também. E eles não são os únicos, o ABC também tem um comando bem familiar na beira do gramado: Ademir Fonseca, Willander Fonseca e Winnicius Marquezine. Os filhos do técnico alvinegro começaram jogando futebol, depois decidiram estudar e desenvolver mais o lado técnico do esporte.
Com 25 e 22 anos respectivamente, os dois auxiliares de Ademir Fonseca mostram que idade não é requisito para competência, são graduados pela academia e pelo campo e já têm um caminho bem traçado. Willander, o auxiliar técnico oficial, trabalha com o pai há mais de quatro anos, começou estagiando em alguns clubes nas categorias de base e depois passou para o profissional. Atuou com Joelton - preparador físico de Jorginho - e é um dos auxiliares técnicos mais jovens do país. Winnicius está em campo há menos tempo, mas nem por isso é menos cobrado.
Tem um trabalho fundamental na equipe: pesquisa tudo sobre o adversário, filma treinos e jogos e passa tudo para os comandantes, o que é muito importante no momento de discutir com o pai e o irmão as correções de posicionamento na equipe. A idade também ajuda na relação do técnico com os jogadores mais inibidos, que às vezes se sentem mais à vontade para conversar com quem tem a sua idade.
"As condições são as mesmas de quando a gente trabalha com outro profissional, mas a cobrança aumenta por causa do grau de parentesco. Mesmo assim, acaba sendo um fator positivo pro nosso crescimento profissional", avalia Winnicius.
Já o irmão mais velho diz que trabalhar com o pai é mais fácil por causa da adaptação ao estilo e à relação com o técnico. "Com ele é mais tranquilo porque ele que me educou, me pegou no colo, me criou, então já existe uma intimidade, a facilidade maior se dá nesse aspecto", afirma. Mas Ademir Fonseca é taxativo: não basta ter o laço de família. Tem que saber se tem aptidão para o trabalho. "Independente de ser família ou não, tem que ter preparo. Não pode entrar no futebol de paraquedas. Eles primeiro foram se especializar na área pra depois terem a oportunidade", diz.
Cobranças não atrapalham relação familiar
E as cobranças não atrapalham a relação familiar. Todos são convictos ao falarem que os problemas de casa não chegam ao campo e que os do trabalho ficam por lá mesmo. Já as comemorações se estendem sem problema algum. "O dia mais feliz pra gente é o dia de vitória. Porque futebol também é muito estressante, suga muito a nossa energia e as alegrias a gente tem que comemorar. Nesse dia a gente sai pra lanchar, pra conversar, pra extravasar", diz o técnico alvinegro. E a família ainda pode ter mais representantes em campo. Os gêmeos Gianlucca e Matteus não desgrudam de uma bola. "Eles têm uma determinação pra jogar futebol incrível. Lá em casa não tem carrinho, não tem brinquedo. Onde eles chegam eles querem que compre bola", diz o pai coruja.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
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