Quanto da rejeição é preconceito?

Quando as pesquisas eleitorais apontam o item rejeição, fica difícil de entender como pensa a população.

Entretanto, muito dessa rejeição é preconceito.

Vou aqui tentar mostrar essa diferença, que é grande.

Segundo o dicionário, preconceito é um "conceito" concebido antes (daí vem o PRÉ) do conceito propriamente dito. É quando a pessoa quer definir algo antes de saber do que se trata.

De forma clara, preconceito é descartar uma coisa sem saber o que é ou sem experimentar.

Rejeição é a desavrovação, é a não aceitação, é o não gostar.
Seja qual for o motivo. Inclusive o preconceito.

Esse é o problema do eleitor. Rejeitar o que não conhece.

As últimas pesquisas em Natal indicaram também a rejeição.

Roberto Lopes (PCB) não pontuou na pesquisa realizada pelo Ibope, mas apareceu no maior índice de rejeição: 32%.
Carlos Eduardo (PDT) e Fernando Mineiro (PT) estão empatados com 31%; Rogério Marinho (PSDB) tem 30%; Robério Paulino (PSOL) e Hermano Moraes (PMDB) têm 28%, cada um.

Carlos Eduardo já foi prefeito. Então a rejeição, à princípio, não incorpora o preconceito, visto que se conhece o candidato perfeitamente. Essa rejeição é rejeição por saber como ele é, como ele atua e atuou.
O mesmo não pode ser dito, por exemplo, de Mineiro, que só atuou como deputado estadual, fazendo leis e projetos de leis. Nesse índice há sim o fator preconceito, e grande.

Vejamos as pesquisas em São Paulo. O candidato Serra é disparado o que tem maior rejeição, com mais de 40%.
Esse já foi prefeito, governador, ministro e tudo mais que tem direito.
Não é preconceito. É rejeição por conhece-lo mesmo.

Acho que as pesquisas poderiam ser mais profundas quando se questiona o eleitor.
Imagine que o pesquisador já conseguiu parar o pesquisado na rua e começou a fazer questões. O que custa perguntar uma ou duas questões a mais. Essas respostas ajudariam ainda mais a entender como pensa o eleitou.

Sabe por quê? Porque tudo o que eu falei acima, sem ter base real de afirmação, é um pré-conceito!