No papel, é 3-6-1

O ABC (à princípio) vai de 3-6-1 para o jogo contra o Coruripe.
Este esquema entra em campo com três jogadores na defesa, dois como volante, dois no meio-campo, um na lateral-direita, um na lateral-esquerda e somente um atacante.
Taticamente, 3-6-1, significa que quando o time estiver atacando, ambos os meias sobem ao ataque, um volante fecha o meio-campo (chamado segundo volante) e o outro fica de sobra na intermediária. Na defesa, os laterais e os volantes voltam, e os meias ficam na intermediária do campo.
O 3-6-1 foi utilizado pela seleção da Itália na Copa de 2006, na qual se sagrou campeã.
Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco se renderam à mesma tendência.
No Flu, o atacante Somália fica à frente neste esquema. Pela primeira vez que Renato Gaúcho usou este esquema, no dia 18 de julho, no Morumbi contra o poderoso São Paulo, a equipe carioca saiu vitoriosa do confronto por 1 a 0 e contou com uma ótima atuação do seu sistema defensivo.
Entretanto, o esquema não foi adotado apenas para deixar o Fluminense menos vulnerável. Renato Gaúcho, que no ano passado foi precursor da utilização do 3-6-1 no Vasco, garantiu que o sistema também dá uma boa sustentação ao ataque.
"Às vezes você pode entrar com quatro atacantes e ser defensivo, ou pode atuar com apenas um e ser ofensivo. Isso depende muito da quantidade de jogadores que chegam ao ataque. Quando eu utilizei o 3-6-1 no Vasco, em 2006, muitos me criticaram, mas eu venci vários jogos e o time terminou o Brasileiro em sexto", disse.
Desde o Estadual do Rio, o Botafogo foi o time carioca que mais atuou com essa formação, com o melhor aproveitamento entre os quatro grandes. Ao todo, já foram 25 partidas utilizando o sistema, com 15 vitórias, nove empates e apenas uma derrota. Com a suspensão de Dodô por dopping, a função de referência ofensiva vem sendo exercida por André Lima nos últimos jogos.
E André Lima se tornou o artilheiro do Botafogo, da competição, e foi vendido para o exterior.
No ABC, este esquema vai segurar Fabiano, Alan e Ben-Hur na defesa, Nêgo e Rogerinho serão os alas, Jean e Adelmo os volantes, Juninho Petrolina e Éder Richartz como meia-atacantes e - o maior atacante do Brasil - Wallyson, fechando o time.
Todos que assistiram Rogerinho e Marciano jogarem, viram que o negão tem entrado melhor que Rogerinho. Rogerinho tem se "escondido" no jogo, não abrindo para receber as bolas e ficando preso na marcação. Talvez seja opção tática de Ferdinando, não sabemos. Mas que Marciano tem jogado melhor, isso é um fato.
Destaque do primeiro coletivo da semana realizado ontem à tarde no Frasqueirão, Éder Richartz marcou um gol olímpico e chegou bem ao ataque para apoiar Wallyson (info do Diário de Natal).
Para um time que já teve Jean como meia-atacante, hoje ter Petrolina e Éder, é uma grande diferença. O 3-6-1 de Ferdinando tem 2 meias-atacantes, e apenas 2 volantes. Não é um esquema defensivo como se fala por toda a imprensa.
Ademais, temos os seguintes pontos ao nosso favor:

• As duas partidas que perdemos, não contamos com Wallyson e Ben-hur, que sabemos fazem uma diferença danada. Isso sem contar a questão da arbitragem.
• Neste campeonato, não perdemos no Frasqueirão. A frasqueira ajuda - e muito - o time.
• Petrolina e Éder parecem ser meias bem melhores que Lulinha e Mutt. Wallyson vai poder receber bolas mais redondas. E bolá no pé de Wallyson na grande área é gol.

Sábado, todos os caminhos levam ao Frasqueirão.