Antes de colocar um pedaço da matéria aqui vou apenas informar como que isso foi descoberto: foi a
própria Siemens alemã que anunciou o milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos, sobre a condição de garantir imunidade civil e criminal para si e seus executivos. A empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos em SP.
É capa da
IstoÉ dessa semana.
A Globo falou algo? Vai falar?
Vai sair no Jornal Nacional por 20 minutos como foi no caso "mensalão"?
A Folha de SP?
O Estadão?
Algum grande jornal ou rede de TV vai publicar?
Aqueles jovens apartidários, que não querem bandeiras, que se manifestaram contra o governo petista da cidade de São Paulo e o governo petista da Dilma em defesa de um transporte
padrão FIFA vão as ruas por isso?
Sabe qual é a resposta: não! Ninguém vai publicar, ninguém vai investigar (a não ser a polícia suíça como está na reportagem), ninguém vai preso.
Mas, pra quem quer ler e ficar por dentro, aqui vai:
Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa.
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