domingo, 26 de julho de 2009

Dois pesos, duas medidas

Leiam comigo, por favor, o último parágrafo do post de Marcos Lopes sobre a entrevista de Eduardo Rocha na tribuna (post completo aqui):

"O momento escolhido por Eduardo Rocha para conceder esta entrevista não poderia ser pior. Em meio a uma competição complicada como a Série B, e faltando ainda cinco meses para as eleições. Não havia necessidade de antecipar este assunto."

Marcos Lopes se refere ao fato de Eduardo Rocha ter fomentado uma eleição no américa, e também da dificuldade de se dirigir um clube de futebol potiguar na série B.
Mas e no ABC? É hora de falar sobre mudança de presidente? O calendário ABCdista é o mesmo do americano, e os 5 meses lá são os mesmos cá. Será que a série B do ABC é diferente da do américa? Só pode. No ABC pode-se tudo, e no américa nada?
Eu, sinceramente, gosto quando a imprensa natalense faz esse tipo de coisa. É mais uma prova para o leitor, internauta, o pobre natalense que seja, ver que existe uma diferença brutal no tratamento de um time para o outro na capital potiguar.

Mas já que Marcos Lopes comentou sobre a entrevista, que tem muita coisa interessante, eu também vou comentar:

- O cartola americano fala que "o futebol do Rio Grande do Norte precisa acordar para a realidade. Uma das soluções seria o investimento nas categorias de base". Vejamos: o Mais Querido faz isso?

- "O que estão fazendo, por exemplo, com Judas Tadeu do ABC é uma desumanidade." Concordo de Judas cometeu erros, e o principal desse ano foi apostar em Heriberto da Cunha. A consequencia desse erro está na situação da tabela que estamos hj. Mas o quadro é reversível sim e eu tenho certeza que o ABC permanecerá na série B esse ano. Mas, com toda sinceridade de um ouvinte participante da reunião do conselho deliberativo do ABC: ouvi muito blá-blá-blá por lá, mas NENHUMA proposta feita por conselheiros que venha a ajudar o ABC em um curto prazo. NADA! É incrível como temos conselheiros publicitários, marqueteiros, empresários de mais alto gabarito no estado, além de políticos claro. Mas trabalhar em prol do ABC? Rá, rá, rá!

- Sobre investimento nos clubes, ele falou que "nós não temos apelo nacional e nem sequer regional. Por não ter esse apelo fica difícil de conseguir um grande patrocinador. Qual vai ser o interesse, por exemplo, do Ponto Frio colocar o nome no nosso uniforme?". Com relação ao ABC, quero saber como está o lance da ALE-SAT. Se não temos solução de empresários (no meu entender TEM SIM, basta querer que a Frasqueira paga, e a EMS é um exemplo real disso), então o ABC poderia já por em prática uma reformulação no sócio-torcedor para 2010. Cadê os conselheiros publicitários nessa hora?

- "Dizer que um dirigente aqui é ladrão é ser muito injusto e uma imbecilidade. A receita do clube é pública. Todos sabem quanto um clube arrecada com a renda que está nos borderôs, com os contratos da TV, com a propaganda. As despesas também são claras com salários, passagens aéreas para contratar jogadores ou para mandar embora, rescisão de contratos, água, luz, alimentação, medicação e outros. A receita está aberta, logo todo mundo é capaz de fiscalizar." E no ABC a contabilidade está bem escancarada mesmo. Todo mundo já sabe. O que falta são formas de se administrar isso para tentar diminuir o passivo ABCdista. Não sei como está a coisa do ALE-SAT. E também não sei o que fazem o monte de cabeças pensantes que estão no conselho do clube, mas já reclamei disso aqui. Portanto vou parar de reclamar e terminar esse post deixando uma sugestão que amanhã mesmo vou levar pessoalmente para a diretoria ABCdista:

Tirando a 14º rodada que se inicia terça, faltarão 24 jogos para o final da série B 2009, em 4 meses de campeonato. Minha idéia é contactar 4 empresários ABCdistas, e cada um pagaria R$ 12.500,00 por mês ao ABC como patrocínio master, o principal da camisa. Para cada jogo/rodada haveria um revezamento de patrocinador, com 6 jogos para cada um. A Eureka estamparia as 4 logomarcas na camisa, portanto também criaria um apelo ao torcedor que gosta de camisas oficiais, pois existiriam 4 camisas. E por um total de R$ 50mil cada empresa colocou sua marca por 4 meses e em 24 jogos pelo Brasil inteiro. Para o ABC entraria os 50mil por mês, R$ 12.500,00 de cada um.

Aguardo críticas!

5 comentários:

Gustavo Lucena disse...

"nós não temos apelo nacional e nem sequer regional. Por não ter esse apelo fica difícil de conseguir um grande patrocinador."

UÉ, MAS NÃO ERA JT QUE VIVIA SE GABANDO DIZENDO QUE O ABC TEM CREDIBILIDADE, TEM POTENCIAL, ETC.?

O PRESIDENTE DO ABC, NO CREPÚSCULO DE SEU MANDATO (SERÁ?) VEM DEMONSTRANDO UMA ENORME INCOERÊNCIA.

ANTES DIZIA QUE O ABC ERA A 8a ECONOMIA, AGORA FAZ QUESTÃO DE REBAIXAR MORALMENTE O NOSSO MAIS QUERIDO.

QUANTO A REUNIÃO DO CONSELHO, REALMENTE NÃO DAVA PRA ESPERAR MUITA COISA.

Unknown disse...

AMIGO GUSTAVO LUCENA VC SABE INFORMAR O QUE HOUVE COM FABIO SACI? NAO ESTA NEM RELACIONADO PARA A PARTIDA CONTRA O PARANA..
SAUDAÇÕES

João Maria disse...

Boa análise, entretanto tenho dois reparos a fazer. Primeiro, a frasqueira não banca coisa alguma, só foi a campo nos dois últimos jogos, por que o ingresso foi R$ 10,00. Segundo, sua idéia é impraticável, pois no atual momento ninguém vai doar R$ 50.000,00 ao ABC, que está prestes a cair para a série C.

Jacson Artson disse...

João Maria,

Não é doação, e sim, publicidade. São R$ 12.500.00(mês) para cada um dos 4 empresários.

Anônimo disse...

É hora de quem é ABCdista e ama o ABC, e tem condições de ajudar. O ABC não pode cair no fosso da série C.