Se você só assiste ou lê a Globo, então, eu só lamento. Ainda mais agora com as opções que a internet trás.
Se você ainda por cima acredita neles, desculpe, não vou nem discutir.
Vou transcrever aqui uma matéria do site Diário do Centro do Mundo, do jornalista Paulo Nogueira, radicado em Londres. Vale a pena!
http://diariodocentrodomundo.com.br/por-que-os-venezuelanos-sao-o-povo-mais-feliz-da-america-do-sul/
Me interesso muito pelas listas de felicidade nos países mundo afora.
Em geral, elas combinam dados sociais e entrevistas nas quais um grupo
representativo de pessoas diz qual é seu grau de felicidade numa escala
de 1 a 10.
Foi ao ver uma delas, em que a Dinamarca estava na ponta e seus
vizinhos nas primeiras colocações, que acabei conhecendo pessoalmente a
Escandinávia. Era 2009, e fui para Copenhague para entender o que estava
por trás da satisfação dos dinamarqueses. Fiz uma reportagem para a
Época, da qual era então correspondente.
Bem, de lá para cá, sempre que posso vou à Escandinávia. Agora mesmo,
poucos dias atrás, estive na Noruega e na Dinamarca em missões
jornalísticas.
O modelo escandinavo é a coisa mais fascinante que encontrei na
Europa. Combina as virtudes do capitalismo com as do socialismo de uma
maneira extremamente bem sucedida.
Repare. Em todas as listas relativos a avanço social, a Escandinávia domina.
Bem, fiz este intróito porque outro dia vi uma lista da Gallup que colocava os venezuelanos como o quinto povo mais entusiasmado do mundo com os rumos do país.
Um levantamento
da universidade americana de Columbia e chancelado pela ONU trouxe
também os venezuelanos numa situação invejável: o povo mais feliz da
América do Sul.
Como? Mas não é um inferno a Venezuela? Chávez não é o Satã?
Como curioso que sou, fui pesquisar para tentar entender.
Fui dar num estudo
feito por um instituto americano chamado CEPR, baseado em Washington:
“A Economia Venezuelana nos anos de Chávez”. O CEPR jamais poderia ser
desqualificado como “chavista”.
E então fico sabendo coisas como essas:
1) Em 1998, quando Chávez assumiu o poder, havia 1628 médicos para
uma população de 23,4 milhões. Dez anos mais tarde, eram quase 20 000
médicos para uma população de 27 milhões.
2) Os gastos sociais subiram de 8,2% do PIB, em 1998, para quase
14%. “Se comparamos a taxa de pobreza pré-Chávez (43,9%) com a
registrada dez anos depois (27,5%), chegamos a uma queda de 37% no
número de venezuelanos pobres”, afirma o estudo.
3) O índice de desemprego, que era de 19% em 1998, caiu pela metade.
No trabalho, os autores notam que a percepção entre os americanos
sobre a Venezuela de Chávez é ruim. Motivo: a cobertura enviesada da
mídia. E, com números, desmontam o mito de que o segredo do avanço da
Venezuela está no petróleo e apenas nele.
Mas eu queria saber mais.
Dei no site do Jazeera, uma emissora árabe bancada pelo Catar que faz
jornalismo de primeira qualidade. O Jazeera traz vozes que você não
costuma encontrar na imprensa brasileira, e isso ajuda você a entender
melhor o mundo.
Vi um programa jornalístico cujo título era: “Os venezuelanos estão
melhor sob Chávez?” Como sempre, o Jazeera colocou especialistas com
visão diferente. Um comentarista americano criticou o “espírito de
mártir” de Chávez.
Mas os dados objetivos ninguém contestou. A mortalidade infantil
diminuiu, a expectativa de vida aumentou, o número de universitários
cresceu e as crianças venezuelanas testão indo à escola numa quantidade
sem paralelo na história do país.
Um consultor americano de empresas interessadas em investir no
exterior disse: “Quem quer que queira se eleger na Venezuela vai ter que
dar prosseguimento aos programas sociais”. (O vídeo está no pé deste
texto.)
Problemas? Muitos. Criminalidade alta, pobreza e desigualdade ainda elevadas. Mas atenção: os problemas antes eram muito maiores. (Vale a pena ver o premiado documentário
do jornalista australiano John Pilger, radicado na Inglaterra, sobre o
papel dos Estados Unidos na América do Sul. O nome é Guerra contra a
Democracia. Ele está disponível, em fatias, no YouTube, com legendas em
português. Pilger visitou a Venezuela e entrevistou Chávez.)
Da imersão em Venezuela, compreendi por que Chávez é tão popular – e
por que seu maior adversário acabou por ser, na verdade, o câncer.
quarta-feira, 6 de março de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
INFELIZMENTE, NÃO CONCORDO COM NADA DO QUE FOI DITO OU ESCRITO. SABIAM (OU SE ESQUECERAM DE PROPÓSITO) QUE O PRINCIPAL, OS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA DE CARACAS SUBIRAM (com esse governinho DITADORIAL) MAIS DE 100% DESDE QUE ASSUMIRAM !. PIOR DO QUE FIDEL, DO QUE O OUTRO "MASCARADO" DA FAJUTA BOLÍVIA !. ISSO, ALÉM DE SEREM GOVERNOS QUE MANDARAM O LULA (E AGORA A DILMA) FICAREM DE QUATRO E ELES EMPURRANDO FUMO SEM DÓ NEM PIEDADE, VIDE OS ABSURDOS, ROUBALHEIRA MESMO, QUE FIZERAM (ACABARAM) COM A PETROBRAS, ANTES NOSSA MAIOR E MELHOR EMPRESA !.
SOU ABC, MAS VENEZULA, ARGENTINA E BOLÍVIA (ATÉ O EQUADOR), TÔ FORA !.
SEM FALAR NAS BLUSAS, BANDEIRAS da cor HORROROSA do timinho de Goianinha...
Postar um comentário