Sem invenção dá

No jogo contra o Atlético-GO o ABC estava perdendo por 1 a 0. O treinador Flávio Lopes já tinha feito todas as substituições.
Quem estava perto do banco de reservas do Mais Querido ouviu o treinador falar pra seus botões:
- O que o posso fazer agora? Já não sei mais!

Em seguida o ABC empata o jogo e logo depois vira o placar, numa partida sensacional.
O que Flávio fez? Nada! Os jogadores fizeram. Os 45 minutos finais deram tempo para tal. A partida tem 90 minutos é para isso, é para se construir jogadas.
Murici Ramalho é um grande exemplo. As "goleadas" do ex-time São Paulo e do atual Palmeiras são de 1 a 0, 2 a 1. São placares de gols "contruídos" com suor, com tempo.
Não precisa fazer nada mais. Precisa treinar, claro, armar o time certo pra entrar em campo. Mas lá no campo, tentar fazer as substituições corretas e deixar o resto com os jogadores, sem deixar de ficar gritando em campo, acertando posicionamento, incentivando.

Virando o Brasil de cabeça pra baixo, ao assumir o Inter, no lugar de Tite, o ex-jogador Mário Sérgio afirmou com todas as letras que treinador não ganha jogo.
Mas, no meu entender, técnico ganha e perde jogo. A escolha da tática, a postura que ele impõe ao time, a forma como orienta e substitui a equipesão determinantes para se afirmar que técnico ajuda a ganhar ou perder jogos.

E o time que vai jogar contra o São Caetano?
Sandro com 3º cartão e Ricardinho expulso são as princiais baixas. Fabiano e Bosco foram vetados por razões distintas. Discordo veementemente da baixa de Fabiano. Tem sido preciso em todos os jogos que jogou.
O time que treinou ontem foi com Tiago Cardoso; Leonardo, Gaúcho e Rafael Pedro; Chiquinho, Augusto Recife, Alexandre Oliveira, Zé Eduardo e Bruno Barros; Gabriel e Júnior Negão.
Eu sou um fã de Gabriel, mas do Gabriel que começou o ano jogando bem, do Gabriel que fez o gol mais bonito de 2009 - o gol de letra em pleno ar contra o rival américa no Machadão. Espero que seja esse o Gabriel pra essa partida.